O solo é um
recurso natural básico, constituindo
um componente fundamental dos ecossistemas e dos ciclos naturais, um reservatório de água, um suporte essencial do sistema agrícola e um espaço para as
actividades humanas e para os resíduos produzidos. Neste sentido, a Degradação é diminuição
da capacidade do solo – presente e futura – em produzir bens e serviços (PNUMA,
1988).
A degradação do solo põe advir de vários fenómenos:
Þ
erosão
ou desertificação do solo
Þ
utilização
de tecnologias inadequadas;
Þ falta de
práticas de conservação de água no solo;
Þ destruição
da cobertura vegetal, nomeadamente para a expansão urbana.
Um solo se degrada quando são modificadas as suas
características físicas, químicas e biológicas. O desgaste pode ser provocado
por esgotamento, erosão, salinização, compactação e desertificação. A
utilização dos solos para o fornecimento de produtos agrícolas, por exemplo,
não pode ser do mesmo tipo para todas as regiões angolanas. Para cada uma, há
um conjunto de factores que devem ser devidamente analisados, para que os
terrenos proporcionem uma maior produtividade.
Dentro do amplo conceito de degradação dos solos, podemos
distinguir alguns tipos:
- Degradação da
Fertilidade: é a diminuição de capacidade do solo de suportar e
manter vida. São produzidas modificações comprometedoras em suas
capacidades físicas, químicas, fisicoquímicas e biológicas, que a conduzem
a sua degradação.
Ao
degradar-se, o solo perde sua capacidade de produção. E mesmo com grandes
quantidades de adubo, a capacidade de produção não será a mesma de um solo não
degradado. Isso pode ser ocasionado por factores químicos (perda de nutrientes,
acidificação, salinização, etc), físicos (perda de estrutura, diminuição de
permeabilidade, etc) ou biológicos (diminuição de matéria orgânica).
- Erosão: é a destruição física das
estruturas do solo e seu carregamento é feito, em geral, pela água (erosão
hídrica) e ventos (erosão eólica).
O processo
de erosão mais grave é o causado pelas actividades do ser humano (erosão
antropogénica), que apresenta um desenvolvimento muito rápido, se comparado com
a erosão natural. Além disso, a erosão natural é muito benéfica para a
fertilidade do solo.
- Degradação por Contaminação: A
contaminação do solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma
vez que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área
afectada (solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação),
podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.
O
uso da terra para centros urbanos, para actividades agrícolas, pecuária e industrial
tem tido como consequência elevados níveis de contaminação. De facto, aos usos
referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de
poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser
resíduos perigosos, lixeiras e/ou aterros sanitários não controlados,
deposições atmosféricas resultantes das várias atividades, etc. Assim, ao longo
dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo
em zonas urbanas e rurais.
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